Coberturas e o ganho de calor

Quando falamos de arquitetura bioclimática, tratamos de traçar as melhores estratégias projetuais para cada tipo de clima. Ou seja, a melhor forma de traçarmos um projeto arquitetônico de acordo com o local em que ele vai ser inserido.

Em uma série de artigos vamos falar de cada estratégia, e no fim, falaremos como aplicar cada uma delas de acordo as regiões do Brasil. Já falamos sobre a massa térmica (clique aqui), hoje falaremos sobre as coberturas.

As coberturas possuem um papel fundamental quando falamos em ganho de calor da edificação. Entende-se quando se fala de ganho de calor na edificação, quanto certos elementos contribuem de acordo com seu desempenho térmico. Por exemplo, desde o tipo de material utilizado na parede, o tamanho das aberturas, o tipo de vidro utilizado como também o comportamento dos usuários, quantidades e atividades ali desenvolvidas.

Quando analisamos os dados de radiação solar na cidade de Florianópolis, por exemplo, a radiação sobre as superfícies horizontais chega a sem de 1134 W/m² em 12h durante o mês de dezembro. odo essa radiação recebida precisa ir para algum lugar seja para dentro ou para fora da edificação. Não é a toa que existam campanhas do “um grau a menos” da GBC Brasil (Clique aqui).

E como resolver o ganho de calor das coberturas?

Sim, pintar de branco ou uma cor clara ajuda muito, não só no ganho para dentro da edificação como também para fora, evitando as famosas ilhas de calor nos centros urbanos. Associados a isso, escolher o material é fundamental, existem os cool materials, os isolamentos e/ou barreira radiante. (Fica para um próximo artigo) Mas isso vai depender da sua localização. No Brasil, a diversificação de climas altera as estratégias a serem adotadas. (clique aqui)

Mas, se o seu objetivo é ganhar calor (sul dos pais) o contrario vale, pintar de escuro a cobertura.

Dica: não utilize telhas de barro esmaltadas, elas impermeabilizam a telha fazendo elas perderem sua característica de “respirar”.

Imagem: imagemideia